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Mulheres ganham cada vez mais espaço no transporte rodoviário de cargas

Na semana em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, saiba como a mulher está ocupando seus espaços no segmento de transporte do Brasil


No final do ano passado, a ABR empossou Margareth Buzzeti como primeira mulher presidente da entidade. O fato só reforça o quanto a presença feminina vem aumentando em todos os setores da sociedade.

“Sempre considerei extremamente importante as mulheres se engajarem em todos os movimentos, organizações, associações e na política. Todos nós deveríamos estar inseridos no processo político, principalmente a mulher, para que ela participe da política não para ser candidata ou preencher cota, mas sim para ser atuante na sociedade, ser uma agente. Eu atuo na política e sou filiada em partido político há 30 anos, procurando melhorar minha comunidade, meu município, meu estado, o meu país”, comenta Margaret.

E realmente esta participação aumenta a cada dia. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), relatório de informações socioeconômicas solicitado pelo Ministério do Trabalho brasileiro, as parcelas de mulheres de 30 a 49 anos ocupando cargos de gerência e diretoria no setor formal aumentaram de 32,3% e 31,9%, respectivamente, em 2003 para 39,2% e 42,4%, em 2017. Além disso, o Índice de Igualdade de Gênero (GEI, de Bloomberg Gender-Equality Index, em inglês) de 2020 mostrou que, das 325 empresas pesquisadas, 39% têm metas públicas para aumentar a liderança feminina.

No transporte rodoviário de cargas (TRC), essa evolução também tem sido perceptível. De acordo com a diretora-executiva da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Edmara Claudino, a ascensão das mulheres no setor, ainda que de forma lenta, é gradual. “Percebemos inovações com a chegada das mulheres, o que  é muito importante. Vejo também que, em outras áreas, a mulher tem ganhado seu espaço: temos bons exemplos na política, como as ministras da Agricultura e do Supremo Tribunal Federal e, recentemente, a primeira mulher a ocupar o Tribunal Superior do Trabalho. É assim que conseguiremos nosso espaço, mostrando trabalho e competência. Essa divergência de gênero não deve mais existir.”

A Comissão de Jovens Empresários (COMJOVEM) da NTC&Logística, que tem como objetivo integrar e capacitar os jovens empresários e executivos do setor, para que, no futuro, liderem as empresas de suas famílias, apresentou recentemente um balanço com dados importantes. Dos 37 núcleos (grupos estaduais ou municipais do setor) que fazem parte da comissão, 16 (43,1%) já contaram com uma mulher à frente da coordenação. Durante os 12 anos de história da COMJOVEM, 33 mulheres foram coordenadoras de seus núcleos. Em 2020, sete mulheres são coordenadoras (33%), enquanto 16 marcam presença na vice-coordenação (76,1%).

Para a vice-coordenadora nacional da COMJOVEM, Joyce Bessa, “o mundo está se transformando e acreditando cada vez mais na diversidade. Ainda existe uma grande estrada a percorrer pela paridade de gênero no local de trabalho, mas acredito que a inclusão de mulheres na liderança do TRC já é uma realidade”.

A primeira presidente-executiva do Sindicato das Empresas de Transportes do Estado de São Paulo (SETCESP), Ana Carolina Jarrouge, é outro exemplo desse espaço que as mulheres vêm conquistando.

“A presença feminina no transporte rodoviário de cargas, como em qualquer segmento econômico, traz isonomia e igualdade de oportunidades, dando condições para que as mulheres possam demostrar como são capazes e comprometidas, e que podem, sim, comandar, liderar e conduzir qualquer tipo de negócio, organização e entidade. Espero servir de inspiração para muitas delas no que diz respeito à presença e à liderança feminina dentro de entidades representativas”, comenta Jarrouge.

As vantagens da inclusão e da diversidade para as empresas e entidades representativas são cada vez mais claras. O estudo sobre diversidade de gênero, desenvolvido pela consultoria americana McKinsey, líder mundial nesse segmento empresarial, destaca que ter mulheres em cargos de liderança ajuda as empresas a aumentarem sua rentabilidade em até 50%.

“A minha atuação é em uma a indústria extremamente masculina, associações onde a maioria é de homens, e eu não percebi ou eu procuro não perceber os obstáculos ou os preconceitos que se tem em relação a mulher nos negócios. Atualmente, além da ABR, também sou presidente da AEDIC (Associação das Empresas do Distrito Industrial, onde minha empresa está instalada. Você vai fazendo, o trabalho vai aparecendo e, consequentemente, vai se conseguindo atingir postos e diretorias. Eu não me preocupo muito com isso, mas existe o preconceito, não se pode negar. Vemos a questão do feminicídio, os crimes contra a mulher estão cada vez mais violentos e acontecendo com mais frequência. Temos que refletir por que isto tem acontecido. Eu penso que começa na educação, desde a primeira infância”, finaliza a presidente.

 

Fonte: NTC&Logística



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