As campanhas dos meses coloridos vieram para ficar. Outubro rosa, novembro azul, setembro amarelo… E por aí vai! E nesse ano o janeiro branco ganha ainda mais importância já que é uma campanha dedicada a convidar as pessoas a pensarem sobre suas saúdes mentais, tema essencial no cenário de pandemia que estamos vivendo.
O Janeiro Branco é dedicado a colocar os temas da “Saúde Mental” em evidência na sociedade, chamando a atenção dos indivíduos e das instituições sociais para os universos mentais, emocionais, sentimentais, comportamentais e subjetivos dos seres humanos.
Segundo Leonardo Abrahão, psicólogo idealizador da Campanha Janeiro Branco, “a humanidade precisa de um pacto pela Saúde Mental em que todas as pessoas se comprometam com a ideia de que ‘todo cuidado conta!’ quando o objetivo é a criação de condições para vidas mais saudáveis e melhores para todo mundo”.
Para alcançar as pessoas, as instituições e promover o pacto pela Saúde Mental que o mundo precisa, voluntários da Campanha Janeiro Branco promoverão lives, entrevistas, reportagens, rodas de conversa por videoconferência, palestras online, tira-dúvidas virtuais, compartilhamentos de arquivos pelas redes sociais, séries diárias de postagens e atividades presenciais que puderem ser realizadas de forma segura em tempos de necessários isolamentos sociais.
Pandemia do COVID-19 agravou vários problemas relacionados à Saúde Mental
Estudos e pesquisas sobre os efeitos colaterais da pandemia do COVID-19 começaram a surgir e a mostrar os grandes desafios que a humanidade tem pela frente: além de vencer o novo Coronavírus, os indivíduos e as instituições sociais também deverão reunir esforços e desenvolver estratégias públicas e privadas para proteger, fortalecer e promover a Saúde Mental das pessoas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia interrompeu serviços essenciais de Saúde Mental em 93% dos países do mundo e, ao mesmo tempo, intensificou a procura por esses mesmos serviços. No Brasil — país que já é um dos
recordistas mundiais em relação à depressão, à ansiedade e a números absolutos de suicídios —, a primeira fase de uma pesquisa realizada no final de 2020 pelo Ministério da Saúde detectou ansiedade em 86,5% dos indivíduos pesquisados, transtorno de estresse pós-traumático em 45,5% e depressão grave em 16% dos participantes do estudo. Outro estudo, realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com 12.000 pessoas de 33 países da América Latina e Caribe (30,8% eram brasileiros), revelou que 35% dos entrevistados relataram aumento na frequência do comportamento de beber de forma excessiva e em um curto período de tempo — situação que pode desencadear sérios problemas em relação à Saúde Mental dos envolvidos.
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