Após quatro meses consecutivos de queda, a atividade econômica reagiu em maio, conforme dados divulgados semana passada pelo Banco Central. O Índice de Atividade do BC (IBC-Br) subiu 0,54% ante abril.
Este é o primeiro índice que comprova que o segundo semestre do ano deve ser mais positivo. Segundo economistas, no curto prazo, a liberação de recursos do PIS/Pasep e do FGTS deve animar a atividade econômica no País. Além disso, a aprovação da reforma da Previdência deve elevar a confiança dos agentes no médio prazo.
Medido em pontos, o IBC-Br subiu de 136,28 para 137,01 pontos na passagem de abril para maio. Apesar do avanço, o patamar é o melhor apenas desde fevereiro deste ano, quando o indicador estava em 137,11 pontos.
Na comparação com março de 2018, o IBC-Br registrou alta de 4,4%, mas o resultado reflete a base fraca de comparação. Economistas lembraram que, em maio do ano passado, estourou a greve dos caminhoneiros, que fez a atividade econômica desabar.
Por isso, é natural que os indicadores sejam mais favoráveis em 2019, sem a greve.
“Maio é um mês atípico, e é preciso tomar cuidado com as conclusões”, alerta o economista Thiago Xavier, da Tendências Consultoria, referindo-se à greve dos caminhoneiros e aos quatro meses seguidos de queda do IBC-Br neste ano. Para ele, o dado de maio não indica mudança na tendência da atividade econômica, que segue debilitada.
Conhecido como “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 foi alterada recentemente, de alta de 2% para avanço de apenas 0,8%, justamente porque a atividade econômica segue em marcha lenta. O Ministério da Economia projeta alta de 0,81% do PIB este ano.
De janeiro a maio, o IBC-Br indica elevação de 0,94% da atividade econômica. Nos 12 meses encerrados em maio, ocorreu alta de 1,31%.
Copyright 2024 - Todos os direitos reservados
ABR - Associação Brasileira de Reforma de Pneus