Prezados amigos,
No último mês de setembro, nosso segmento sofreu uma verdadeira blitz das forças contrárias ao nosso setor. A Resolução 158, que proíbe o uso de pneus reformados em motos, volta a nos ameaçar com a proibição da importação de carcaças, matéria-prima indispensável para sobrevivência do nosso setor, além das incertezas relativas ao processo de certificação do Inmetro, que até a presente data não publicou a portaria que oficializa a substituição dos institutos certificadores pelo Ipem.
No mês de setembro, também a mídia foi abarrotada de matérias contrárias aos remoldadores importadores de carcaças (e pneus novos asiáticos) com argumentos, que para quem tem um mínimo de conhecimento da questão, considera, ou má fé ou de uma inocência difícil de acreditar.
A impressão que passa para a opinião pública em geral, é que o importador de carcaças é um louco varrido, comprando um produto no exterior, arcando com custos da referida compra, frete terrestre, armazenamento, aluguel de contêineres, frete marítimo, taxas alfandegárias, mais frete terrestre até sua empresa, para em seguida JOGAR TUDO FORA, pois afinal é isso que se faz quando se importa lixo. Não é isso que escrevem nos jornais, falam nas entrevistas, nossos opositores? "IMPORTADORES DE LIXO".
Alguém com um mínimo de capacidade analítica, pode acreditar em tamanha bobagem, em tamanho disparate? Confundem propositalmente a questão da Organização Munidal do Comércio (OMC), que trata da obrigatoriedade do Brasil ter que importar pneus REFORMADOS/REMOLDADOS da Comunidade Européia, como se o País fosse transformar-se em lixeira dos europeus, em função disso, sempre omitindo a Resolução Conama 258, que criou a contra-partida ambiental que OBRIGA a destruição de 5 pneus usados para cada 4 carcaças importadas.
Graças a esta Resolução, que, diga-se de passagem, foi iniciativa do nosso segmento, hoje conseguimos praticamente eliminar os pneus usados jogados no meio ambiente. Poderíamos escrever, não um editorial, mas dezenas sobre o assunto, mas de qualquer forma a ABR coloca-se à disposição de quem queira discutir o assunto de forma séria e desprovida de interesses comerciais inerentes ao mesmo.
Para terminar, queremos demonstrar nosso respeito e solidariedade aos nossos companheiros do setor de moto, que mais uma vez estão sofrendo as angústias da indefinição da continuidade de suas atividades. Estamos na luta, tentando enfrentar todas as mazelas que se apresentam, porém contamos com a UNIÂO do setor para vencermos.
Hersílio Coelho de Moura
Presidente da ABR
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