De acordo com levantamento anual da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), consolidado com base no cruzamento de dados da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, o roubo de cargas, nas rodovias brasileiras, caiu 15% no ano passado.
Mas os números ainda são assustadores: em 2018, foram mais de 22 mil ataques a motoristas em todo o País, o que provocou prejuízos ao setor de transporte de quase R$ 2 bilhões.
O cenário é alarmante para os transportadores e compromete a atividade, mas existe um indicativo de melhora. O documento revela que as ocorrências vinham aumentando até 2017 (quando o número chegou ao recorde de 25.950 roubos no país).
A intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro, estado com mais registros desse tipo de crime, é apontada como principal elemento para a queda. Mas os transportadores também citam a crise econômica – e a consequente baixa da demanda (com menos caminhões nas estradas) – como um dos possíveis vetores desse resultado.
O setor de transporte reivindica investimentos maciços na segurança, fiscalização nos pontos de vendas, aproximação formal da polícia com o setor privado e alteração no Código Penal, no que diz respeito ao crime de receptação. Isso porque, atualmente, a pena para quem conscientemente compra, recebe ou transporta mercadorias roubadas vai de um a quatro anos de reclusão. Se a receptação se der com fim comercial ou industrial, o crime é qualificado; e a pena pode chegar a oito anos.
O presidente da Confederação Nacional do Transporte, Vander Costa, e representantes do setor transportador reuniram-se, em maio, em Brasília (DF), com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para, entre outras questões, tratar de políticas e ações, a fim de coibir o roubo de cargas. Segundo o presidente da CNT, o governo está comprometido com essa agenda, e o chefe da pasta prometeu respostas no curto prazo. “Nosso pleito, junto ao governo, é no sentido de combater efetivamente o roubo de cargas, atingindo quem se beneficia com ele, que é o receptador. Esperamos que, agora, o governo tome a iniciativa de realmente atacar o roubo de cargas, atingindo o objetivo de quem rouba, que é o lucro. Entendemos que é uma punição econômica que vai fazer com que se desestimule o roubo de cargas.”
FONTE – Agência CNT
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