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Os riscos da mistura dos caixas

Misturar o caixa da pessoa física com pessoa jurídica é o primeiro passo para problemas em sua empresa e em sua vida pessoal


Se você quer o bem do seu negócio,  que ele seja algo perene e que vá ser além de um provedor imediato para  seu sustento, fazer a diferenciação de pessoa física e jurídica é uma decisão que não pode ser adiada!

 

Esse tipo de comportamento, em que pessoa física e jurídica se misturam, não é nada saudável e, em curto e médio prazos, pode levar à derrocada do seu empreendimento

 

Os riscos para quem mistura pessoa física e jurídica podem ser graves e refletirem não somente na sua gestão, mas até mesmo em problemas fiscais. E o que é pior:  vão afetar  sua vida e de sua empresa!

 

Isso porque a pessoa física pode se prejudicar, pois, como o valor das retiradas não está documentado,  o fisco pode tributar todos os valores que recebeu. Já a empresa pode ser pega pela Receita por pagar contas pessoais com o dinheiro da empresa e não fazer a diferenciação. Em resumo! Você vai arrumar um grande problema com o Leão do Imposto de Renda!

Além desses problemas de ordem fiscal, a mistura dos gastos de pessoa física e jurídica pode interferir nas despesas da empresa e, consequentemente, nos resultados alcançados.

 

 

Como fazer a separação?

Para organizar essa questão e trabalhar com base em parâmetros claros, é essencial que se defina um valor x a ser retirado mensalmente por você e por seus sócios, caso os tenha. Mas, antes de estabelecer valores,  é importante conhecer quais são  suas alternativas  e determinar qual delas melhor se encaixa no planejamento financeiro da sua empresa.

 

Afinal, são vários os modelos que você pode utilizar para prover a sua remuneração:

 

 

Pró-labore

 

O termo pró-labore significa, em latim, “pelo trabalho” e corresponde à remuneração deste administrador por seu trabalho na empresa. Refere-se à remuneração de sócios por atividades administrativas, sendo opcional e diferente da distribuição de lucros ou dividendos. Dentro do contrato social de uma empresa existe a figura do administrador, que pode ser apenas uma pessoa entre os sócios ou mesmo todos os sócios.

Na ótica das legislações trabalhistas brasileiras, o pró-labore é muito diferente daquilo que se denomina como salário. Sobre ele não existem regras obrigatórias em relação ao 13ª salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), férias, etc. Neste caso, todos os denominados benefícios trabalhistas são opcionais, intermediados por meio de um acordo entre a empresa e o administrador. Por exemplo: ambos podem estabelecer em um contrato que o administrador receba as férias, mas não ganhe um 13º salário.

 

Dividendos

 

Na política de dividendos, o lucro é dividido entre os sócios

Diferente do pró-labore, os dividendos representam a divisão do lucro da empresa entre os seus acionistas. Caso sua organização opte por este modelo, todos os meses os sócios serão pagos de acordo com o que a empresa lucrar. Se, por exemplo, o negócio teve um ganho de 100 mil reais e são cinco associados, serão 25 mil para cada um.

 

Entretanto, os sócios podem acordar em reinvestir uma parte dos dividendos, o que fortalece o caixa da empresa.

 

Salário

 

Salário também é uma forma de remunerar o empreendedor.

Mesmo sendo os donos da empresa, muitos empreendedores ainda gostam de chamar de “salário” a retirada mensal que fazem. Aqui é ainda mais fundamental definir o valor a ser retirado, já que a palavra salário soa como um dinheiro que pode ser usado de maneira geral, o que pode acabar misturando as finanças profissionais e pessoais e bagunçando o orçamento.

Embora não seja entendido como um pró-labore, defende-se que, para estipular o valor do salário, o ideal é avaliar as funções desempenhadas pelo empresário e comparar ao valor que seria pago a um profissional na mesma posição ocupada por ele. Portanto, se atuar como uma espécie de diretor financeiro, pesquise e veja qual é o salário pago no mercado atualmente.

Se, ainda assim, você considerar o valor insuficiente ou injusto, é preciso avaliar outras formas de retirada, como a divisão dos dividendos, por exemplo.

 

 

Misturar o dinheiro da empresa e fazer dele a fonte de investimentos e pagamentos pessoais é um dos principais erros que os empreendedores cometem, e uma das atitudes que prejudicam demais o negócio.

 

Por isso, confira estas cinco dicas que podem ajudá-lo a tomar a atitude imediata de separar desde já o caixa de sua empresa da sua conta pessoal!

 

DICA 1 – SEPARE AS CONTAS

 

Quando um empreendedor está iniciando um negócio, antes de qualquer procedimento burocrático, o primeiro passo é separar sua conta física daquela da pessoa jurídica. Por mais organizado que você seja, caso centralize todas as contas em uma pessoa só, as chances de alguma despesa de sua casa e de sua empresa se misturarem são enormes.

 

Por isso, é necessário abrir uma conta financeira especialmente para a pessoa jurídica da empresa  (É de lá que vai sair todo o dinheiro para pagamentos de contas do seu negócio).

 

A melhor forma de fazer isto é abrir uma conta jurídica no mesmo banco em que tem uma conta física. Muitas vezes, os bancos oferecem pacotes com planos vantajosos para quem já é cliente, tanto para pessoa física, quanto para a jurídica, que garantem mais segurança e clareza na hora de ajustar os gastos. Não deixe de pesquisar os benefícios de outros bancos, antes de fechar os pacotes.

 

DICA 2 – DEFINA RETIRADAS

 

Em diversas ocasiões, é possível observar empresários que defendem a visão de não possuir um salário fixo, por conta de ser o proprietário do negócio, e deixar o seu “salário” variar de acordo com o lucro obtido pela empresa naquele mês. Mas essa visão está totalmente distorcida, pois  pode resultar na retirada de   dinheiro que era pra ser investido no crescimento da empresa, ou até mesmo em investimentos em sua casa, família e vida pessoal.

 

Para garantir que o retorno financeiro permaneça em ordem, todos os proprietários e sócios do negócio precisam ter um valor de pagamento definido. O valor deve ser acertado, movimentado sempre da conta jurídica para a pessoa física, e ocorrer conforme o programado, independente da sua necessidade como pessoa física.

 

 

DICA 3 – PROCURE AUXÍLIO

 

Muitas vezes, para compreender o caminho que devemos percorrer, nós precisamos de alguém que nos mostre no papel por onde começar a trilhar e auxilie no passo a passo da jornada de crescimento da empresa.

 

Se você ainda se sentir inseguro, não há nada de errado em entrar em contato com uma consultoria para esclarecer todas as suas dúvidas e encaminhar os trâmites burocráticos do início do seu empreendimento. Caso não tenha condições de bancar ajuda profissional, recorra ao Sebrae, que oferece serviços gratuitos de apoio a pequenas empresas.

 

Além disso, existem softwares capazes de organizar, otimizar e proporcionar um controle maior das finanças de sua empresa, e o valor investido nesse tipo de programa se pagará em curto prazo.

 

DICA 4 – FAÇA UM PLANO DE NEGÓCIOS

 

A fim de organizar o planejamento de sua empresa, é fundamental construir um Plano de Negócios (aqui também entra a ajuda de um consultor, ou até mesmo do Sebrae).

 

Fazer as contas sobre o orçamento e traçar uma meta para controlar a empresa no próximo ano vai garantir menos surpresas desagradáveis para o seu caixa. O Plano de Negócios também vai mostrar para você o investimento mínimo que é preciso fazer e como se programar para o ano seguinte.

 

DICA 5– MANTENHA-SE  INFORMADO

 

A falta de informação de muitos pequenos empreendedores sobre o próprio negócio, em relação aos seus direitos e deveres, pode atrapalhar a sua tomada de decisões dentro da empresa.

 

É extremamente importante que você saiba o básico, ou tenha alguém, como um contador, que o auxilie na identificação de oportunidades no que se refere aos produtos financeiros disponíveis para o setor de atuação da sua empresa. Até mesmo para auxiliá-lo com alguns indicadores econômicos que identificam se a empresa está saudável, avaliam faturamentos, custo fixo, total e margem de lucro.

 

 

 

Enfim,desenvolva uma cultura financeira positiva, jamais misture finanças pessoais e empresariais, saiba administrar os resultados de forma assertiva e tenha pensamentos e atitudes que levem a empresa a crescer em todos os sentidos.  Para isso, respeite as regras, seja disciplinado em suas retiradas e faça-as sempre com responsabilidade, pois quando você retira mais do que o estipulado está prejudicando tanto a si mesmo como ao seu negócio.



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